terça-feira, 25 de maio de 2010

Zuzu Angel

 E ainda um pouco mais sobre este tema, na forma de música e de cinema, sobre Zuzu Angel, mulher cujo filho, como tantos jovens da época foi preso, torturado e assassinado pela ditadura militar no Brasil. Zuzu iniciou uma luta incansável por justiça. Chico Buarque conta um pouco da sua história nesta música.

http://www.youtube.com/watch?v=bxsix8bNfFE 

Ontem, na Casa da Esquina, Silêncios das armas de fogo. Mulheres e violência armada


O local chama-se Casa da Esquina, mas bem que poderia chama-se Casa da Gente, de tão acolhedor que é. Em uma salinha ao canto colorida por confortáveis puffs, ontem, 24 de maio, deu-se mais uma iniciativa da Marcha Mundial das Mulheres, dessa vez para reflectir e debater questões sobre mulheres e violência armada. 24 de maio é o Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento.

A informalidade do ambiente não diminuía a importância do tema, pelo contrário, fazia-nos lembrar que a relação entre mulheres e violência armada está presente não apenas nos países em guerra, mas inclusive no dia a dia daqueles que, supostamente, estão em paz.

Três mulheres a falar de forma contundente e tocante sobre três realidades que superficialmente não apresentam semelhanças entre si, mas que na verdade falam de uma mesma realidade: como a violência armada afecta de forma muito particular as mulheres.

O momento foi ilustrado com vergonhosos dados reais, – em Portugal em 2008 o número de casos registados de violência doméstica em que o agressor utilizou armas de fogo dobrou em relação a 2007, foram 81 os casos registados – com excertos literários, lembrando nos que a arte também é uma forma de resistência e com a projecção do curta metragem “Uma Mãe Como Eu...” , porque é preciso dar voz e visibilidade a essas mulheres que depois de perderem seus filhos, na experiência de militância e da resistência redefiniram o conceito de maternidade, formando um terceiro tom: maternidade militante.

Ao contrário do que se poderia supor, as mulheres são um dos grupos mais atingidos pela guerra e pela violência armada. Se a guerra para os homens dá-se no front, a guerra para as mulheres dá-se nos seus próprios corpos. Se a maioria dos homicídios masculinos é feito por outro homem desconhecido na rua, a maioria dos homicídios femininos é feito dentro da própria casa pelo companheiro ou ex-companheiro. Mesmo sendo elas as maiores vítimas dessa realidade, são elas as que mais resistem e lutam para mudá-la.

A iniciativa por si só já seria meritória de muitos louros, mas merece tantos outros, porque tocou fundo as pessoas que estavam ali, despertou novos desejos e dali surgiu a proposta de realizar-se um ciclo de cinema para discutir de forma mais aprofundada cada uma dessas realidades.

Mas isso, será assunto para outra conversa!

Thaís França, Marcha Mundial das Mulheres Portugal

Mulheres Saharauis: um exemplo para o mundo


A luta e as conquistas destas mulheres são inspiradoras e energizantes! A sua presença em Lisboa encheu-nos de orgulho, força e coragem!

No passado dia 20 de Maio, Jadiyetu El Mohtar Sidahmed, da União Nacional das Mulheres Saharauis, esteve em Lisboa para dar a conhecer o papel destas mulheres na organização dos acampamentos de refugiad@s e na luta pela resistência e libertação nacional do povo Saharaui.

Participaram no encontro mais de uma vintena de pessoas, maioritariamente mulheres, de várias organizações da sociedade civil portuguesa, assim como diversas pessoas a título individual. Fez-se um repasso pela história do povo saharaui, a ocupação espanhola (que se estendeu por mais de um século, até 1975), a posterior ocupação marroquina e a dramática situação actual, com um povo dividido entre os campos de refugiados na Argélia, onde mais de 200 mil pessoas sobrevivem da ajuda humanitária, e os territórios ocupados, onde outra parte da população enfrenta terríveis repressões e violações contínuas de direitos humanos.

Reconhecido internacionalmente como a última colónia africana (embora sabemos que o colonialismo nem sempre acaba com a independência formal), o Sahara Ocidental espera, há décadas, que as Nações Unidas promovam a realização de um referendo sobre a autodeterminação, tal como foi estabelecido em 1988, num Plano de Paz acordado entre Marrocos, o Frente Polisário e a ONU. Em 1991, estabeleceu-se no Sahara a MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo do Sahara Ocidental), prevendo-se a realização do plebiscito para 1992, sem que, quase vinte anos mais tarde, este tenha vindo ainda a realizar-se. Nenhum país reconhece a legitimidade da ocupação de Marrocos. Pelo contrário, a União Africana e mais de 80 estados de todo o mundo reconhecem a República Árabe Democrática Saharaui como legítima e soberana.

Do encontro destacamos o emotivo testemunho do papel absolutamente protagonista das mulheres saharauis nesta luta: sem elas não teria sido possível elevar incrivelmente o nível educativo da população, fazer com que muit@s jovens pudessem ser recebidos noutros países para tirar cursos superiores, constituir um governo democrático saharaui no exílio, criar laços de solidariedade com organizações e pessoas do mundo todo... Vitórias obtidas quase sem meios, em condições extremas. Jadiyetu El Mohtar Sidahmed conseguiu transmitir-nos a sua força inspiradora... Para nós, que às vezes nos sentimos desmotivad@s pela pouca adesão e poucos “resultados imediatos” do nosso activismo nos movimentos sociais, foi verdadeiramente revigorante e energizante! Falou-se também da peculiaridade cultural e social do povo saharaui dentro do mundo árabe, principalmente no que diz respeito à situação da mulher. Com um discurso de género muito avançado, a União Nacional das Mulheres Saharauis sabe que estas conquistas deverão continuar também a ser defendidas uma vez que a independência seja alcançada.

A iniciativa teve o apoio da AJPaz - Acção para a Justiça e Paz, Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental, Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania, Associação Seres, Associação Solidariedade Imigrante, CIDAC, Engenho e Obra, GRAAL, Jornal Mudar de Vida, plataforma Marcha Mundial das Mulheres, SOS Racismo, Tribunal do Iraque, UMAR e UMAR – Açores.

Luzia Teixeiro, SOLIM- Solidariedade Imigrante, Marcha Mundial das Mulheres Portugal

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hojé é Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento

Hoje celebra-se o Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento. A sua comemoração teve origem no início dos anos oitenta, na Europa, quando centenas de mulheres se organizaram contra as armas nucleares e a corrida armamentista. Em 2010, e por todo Mundo, a Marcha Mundial das Mulheres continua a lutar pelo fim imediato dos conflitos armados e do uso do corpo das mulheres como terreno de guerra. Estamos a marchar para denunciar os interesses económicos que estão por detrás de inúmeros conflitos armados e o envolvimento das grandes potências mundiais em guerras que perduram em tantos países e regiões do Mundo.
Vivemos num mundo cada vez mais militarizado, como se pode comprovar por um crescimento real das despesas militares mundiais de 45% nos últimos dez anos. Entre 2006 e 2007, o aumento médio dos orçamentos militares nacionais foi de 6%. Em 2005, os Estados Unidos mantinham 737 bases militares activas em outros países, com um contingente de 2 500 000 de pessoas e, em 2007, as suas despesas militares representavam 45% do total da despesa mundial na área da defesa. Por outro lado, a guerra sofreu alterações importantes e hoje em dia é cada vez mais feita por mercenários privados: de um total de 330 000 soldados, que estavam no Iraque em 2007, 180 000 mil são membros de empresas de segurança privada.
     No entanto, esta crescente militarização da vida e da sociedade é também visível na disseminação civil de armas pequenas e ligeiras. De acordo com dados do Small Arms Survey (2008), as armas de fogo vitimam, diariamente, em todo o mundo, cerca de mil pessoas. Dessas mortes, apenas 25% se registam em contextos de guerra ou conflito armado, sendo que a maioria destas armas se encontram em posse civil, superando aquelas sob controlo do Estado e forças de segurança.
     Em Portugal, calcula-se que existam 1,4 milhões de armas de fogo legais em posse civil, na sua maioria armas de caça. As estimativas sobre a dimensão do mercado ilegal apontam para a existência de entre 500 mil e 1 milhão de armas. Entre 2003 e 2008, de acordo com dados do Ministério da Saúde e Polícia Judiciária, 437 pessoas foram vítimas mortais de armas de fogo no nosso país, sendo que 1619 ficaram feridas gravemente. Dados oficiais sobre violência doméstica armada são, contudo, escassos.
     A ausência de dados e análises sobre esta realidade deve-se ao facto de, em Portugal, como em todo o mundo, a investigação e intervenção nos domínios da violência urbana e violência contra as mulheres permanecerem separadas. É como se também o fenómeno da violência estivesse dividido em dois pólos independentes: o espaço público, da violência de homens contra homens - aqueles que mais matam e morrem em resultado de armas de fogo – e a esfera doméstica, lugar, por excelência, da vitimação feminina.
     Segundo dados do Observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR, desde 2004 morreram no nosso país 200 mulheres vítimas de violência doméstica. Destas, 40% foram assassinadas por armas de fogo e 17% por armas brancas, sendo que em 40 mortes não há registo da causa de morte. É importante recordar, todavia, que estes dados captam apenas a realidade da vitimação directa de mulheres com armas de fogo, negligenciando o elemento intimidatório das armas de fogo e outros impactos da violência armada.
      As mulheres sempre sofreram os males da guerra, psicologicamente, socialmente, física e economicamente. As mulheres e os seus corpos foram considerados ora como despojo de guerra, ora como moeda de troca. São vistas como o repouso do guerreiro, o seu corpo identificado como solo inimigo e, por isso, um campo de batalha. Guerra, conflitos e militarização são expressões da violência tornada natural pelos sistemas capitalista e patriarcal e os meios utilizados por estes para manterem o seu domínio. Mais do que isso, a militarização reflecte a divisão dos papéis de género: o conceito de masculinidade é associado à violência e às armas, o que leva à ideia de que as mulheres necessitam de protecção dos homens e das armas.
     A Marcha Mundial das Mulheres bate-se e defende a vida e luta pela transformação da sociedade patriarcal, capitalista e militarizada em que vivemos, numa outra formada por pessoas livres e baseada nos valores de Paz, Justiça, Solidariedade, Liberdade e Igualdade. Estaremos em marcha até que as mulheres sejam reconhecidas e valorizadas como protagonistas dos processos de paz, reconciliação e reconstrução e de manutenção activa da paz nos seus países.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A 24 de Maio: "Silêncios das armas de fogo. Mulheres e violência armada em Portugal, Moçambique e Brasil."

24 de Maio, Dia Internacional das Mulheres pela Paz e o pelo Desarmamento em Coimbra.

 A AJPaz, a Casa da Esquina, a Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres e o OGIVA do Núcleo de Estudos para a Paz do Centro de Estudos Sociais organizam na Casa da Esquina, em Coimbra, às 17h um fim de tarde sobre

"Silêncios das armas de fogo. Mulheres e violência armada em Portugal, Moçambique e Brasil."
Com Rita Santos, Tatiana Moura e Teresa Cunha. Haverá ainda exibição de um excerto do filme moçambicano 'Desobediência" de Licínio Azevedo.

 Debate inserido no programa da iniciativa All My Independent Women (mais informação em  http://nacasadaesquina.blogspot.com/)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sahara Ocidental "Chá do Deserto no Graal" — convite —


Encontro com Haddu Ahmed Fadel, Deputada e Membro da Comissão Política do Parlamento

da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) – o papel da Mulher Saharaui na organização dos acampamentos de refugiados e na luta pela resistência e libertação nacional.

Por iniciativa do GRAAL(*), Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental, plataforma Marcha Mundial das Mulheres, Associação Solidariedade Imigrante, UMAR, Tribunal do Iraque, Jornal Mudar de Vida, Associação Lusofonia, Cultura e Cidadania, AJPaz - Acção para a Justiça e Paz, Associação Seres, SOS Racismo, UMAR-Açores (Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres) [subscritoras iniciais, aberto a outras organizações], realiza-se no próximo dia 20 de Maio (Quinta-Feira), pelas 20h, no Terraço do GRAAL — Rua Luciano Cordeiro, 24, 6ºA – Lisboa — um encontro com Haddu Ahmed Fadel, Deputada e Membro da Comissão Política do Parlamento da República Árabe Saharaui Democrática (RASD).

O encontro pretende dar a conhecer a situação da mulher saharaui nos acampamentos de refugiados e nas zonas do Sahara Ocidental ocupadas por Marrocos, o seu importante papel na organização dos refugiados e na luta pela independência daquela que é a última colónia de África e que espera — e desespera —, que a Nações Unidas promovam a realização do referendo de autodeterminação, tal como foi estabelecido entre as partes em conflito – o Reino de Marrocos e a Frente POLISARIO — e a própria ONU em 30 de Agosto de 1988, através da aprovação do Plano de Paz para o território; e, posteriormente, com a criação e instalação da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental, em 29 de Abril de 1991.

DIVULGA E APARECE!

Agradece-se ainda a todas as pessoas e organizações que queiram aderir que o façam até ao dia de hoje, 18 de Maio, e que o comuniquem ao:


Graal

Rua Luciano Cordeiro, 24, 6ºA - 1150/215 begin_of_the_skype_highlighting 1150/215 end_of_the_skype_highlighting Lisboa Portugal
Tel. 213546831 begin_of_the_skype_highlighting 213546831 end_of_the_skype_highlighting; Fax 213142514
terraço@graal.org.pt

Ou

Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental
0145360801 begin_of_the_skype_highlighting 0145360801 end_of_the_skype_highlighting@netcabo.pt
Portugal.sahara@gmail.com

(*) O Graal é um movimento internacional de mulheres motivadas pela procura espiritual e empenhadas na transformação do mundo numa comunidade global de justiça e paz, conforme o sentido simbólico da lenda que deu origem ao nome do movimento.

Seminário Mulheres e Água a 18 de Maio



Seminário Mulheres e Água, lá pelo princípio da tarde na Gulbenkian.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Marcha Mundial das Mulheres saúda e associa-se às iniciativas contra a homofobia e a transfobia no 17 de Maio - Dia Internacional contra a Homofobia

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM), enquanto rede feminista internacional comprometida com a construção de um mundo pacifico, justo, livre de qualquer forma de opressão, onde cada pessoa possa gozar plenamente dos seus direitos e deveres de cidadania, não podia deixar de assinalar o Dia 17 de Maio – Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia. A MMM insere-se, pois, numa luta global contra qualquer forma de discriminação, numa luta global pela valorização e dignificação da diversidade que, enquanto seres humanos, nos caracteriza e enriquece.

Celebram-se os 20 anos decorridos sobre uma data histórica para os direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT). Aquela em que a 17 de Maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. Importa, contudo, enfatizar que esta data não foi - e não é – “só” importante para as pessoas LGBT, ela faz ou deve fazer parte de todas e todos nós. Com ela e com todas as conquistas conseguidas desde aí, aprofundamos a nossa cidadania, afirmamos os direitos humanos, construímos um mundo melhor.

Não obstante, não esquecemos, antes denunciamos e relembramos o facto da homossexualidade ser tida como um crime punível com pena de morte em 7 países do mundo ou desta ser diariamente reprimida com leis desumanas que colocam as pessoas LGBT em celas de prisão, as apedrejam, as humilham. Em Portugal, a nossa Constituição proíbe a discriminação com base na orientação sexual, faltando contudo ainda proteger da mesma forma as pessoas transgénero e transexuais, proibindo a discriminação com base na identidade de género. Recentemente, a Assembleia da República pôs termo a uma discriminação de décadas ao permitir, finalmente, que os homossexuais possam dar sangue. Estamos também muito perto de ver finalmente o Estado Português consagrar o acesso ao casamento civil por parte de pessoas do mesmo sexo. Falta, contudo, a esse mesmo Estado reconhecer as inúmeras famílias existentes em Portugal constituídas por gays e lésbicas, muitas das quais com filhas e filhos. Falta –lhe reconhecer e proteger as diferentes formas de co-parentalidade. Falta –lhe conceder a possibilidade de adopção a pessoas do mesmo sexo e deixar de negar a várias crianças o direito de terem uma família e serem felizes. Falta-lhe legislar para proteger as pessoas transgéneros e transexuais e permitir a sua inclusão. Falta –lhe acabar com a exclusão das mulheres solteiras e mulheres lésbicas em aceder a técnicas de procriação medicamente assistida.

A nós, enquanto sociedade/colectivo, falta-nos assegurar uma efectiva mudança social e cultural que ponha fim a modelos hegemónicos que oprimem, invibilizam e silenciam tudo o que é tido como “fora da norma”. Falta-nos denunciar e combater sistematicamente qualquer forma de discriminação. Falta-nos construir outros imaginários. Falta-nos valorizar as diferentes identidades e formas de ser, estar e amar. Falta-nos mais liberdade, mais dignidade, mais igualdade.

Para que estas mudanças aconteçam não falta a inúmeras mulheres e homens de todo o mundo a convicção de que outro mundo é possível! As diversas acções que irão ocorrer por todo o país a 17 de Maio são um sinal inequívoco disso mesmo. Campanhas de informação e sensibilização; seminários, colóquios e debates; uma Marcha, concentrações, a visibilização de afectos entre pessoas do mesmo sexo, formas de ocupação do espaço público são os diferentes moldes através dos quais organizações, cidadãs e cidadãos vão assinalar este dia, em vários pontos do país. Em algumas delas a Marcha Mundial das Mulheres participará. Com todas elas a MMM solidariza-se!

Para este outro mundo continuaremos a lutar e marchar até que todas e todos sejamos livres!

Marcha Mundial das Mulheres em Portugal

Comunicado da UMAR - Exemplares do “i diário” apreendidos pela ASAE

Solidárias com a UMAR e com o seu belíssimo exercício de liberdade. Que venham mais "i diários" e "ideários". "Mundos ideais censurados. Feminismos e Religiões" é já no dia 20. Estamos convosco.

Ver notícia e comunicado de imprensa aqui

Ver "ideário" aqui

quinta-feira, 13 de maio de 2010

European Feminist Gathering / Istanbul, 30 June 2010



European Feminist Gathering
Istanbul, 30 June 2010

As part of the 3rd International Action of the World March of Women, feminists from all over Europe will gather in Istanbul on 30 June 2010 for a European Gathering.

3rd International Action of the World March of Women

We, at the World March of Women, are fighting together against gender based violence and poverty, which primarily affect women the world over. Ten years following the creation of the WMW as an international feminist resource, we are once again on the move.
We are well aware that the context our actions addressed has worsened since the year 2000. We are now confronted with an offensive from neo-conservative sectors and economic powers that use crises to impose increasingly precarious working and life conditions, in addition to undamentalisms of all kinds that deny women’s rights to define for hemselves their own reproductive and life choices. Such crises are inherent to the economic system producing them, a system that takes for granted the exploitation of our planet’s resources, and provokes continual armed conflict, from which the civilian population – and women especially – suffer permanently. This is the reason we challenge the foundational and interwoven elements of the systems that oppress us: patriarchy, capitalism and racism.
During the last several years, groups belonging to the WMW have worked in four action areas: violence against women, women’s work and economic autonomy, common good and public services, peace and demilitarization. These areas have been addressed by raising awareness, marching and demonstrating, applying political pressure, and thousands of other ways. Actions have been carried out at times with other social movements, but always first and foremost privileging international feminist solidarity.

30 June: European Feminist Gathering in Istanbul

The European Feminist Gathering will take place 30 June in Istanbul. It will consist of plenary sessions, workshops and a march in the center of Istanbul. The first plenary session will focus on the fundamentalisms women all over Europe are confronted with and its intersection with nationalisms and
racism. The debate will continue in workshops on our 4 action areas. The second plenary session will be on the European Platform of demands on our 4 action areas. This will be followed by a demonstration, in which we will express our solidarity with Turkish and Kurdish women in their struggle for women’s rights and people’s self-determination. We will articulate our idea of an open, democratic and secular Europe where all women can enjoy and benefit from their rights as full citizens.
This demonstration will take place on the eve of the opening of the European Social Forum. As always, the European Coordination for the WMW is dedicated to strengthening feminist presence in the Forum’s discussions and to ‘contaminating’ the Forum’s allied social movements with our demands.



Draft programme :

29 June a.m. reception of the Balkans caravan, media event evening Informal meeting of WMW Europe

30 June
9h30 Opening session
- Opening ceremony
- Presentation of the kurdish and turkish feminist and women‘s movement
- Presentation of the current socio-economic and political situation in Europe
10h30 Plenary Session: Women, Fundamentalism, Racism and Nationalism
Presentations from speakers from different countries
12h30 lunch
13h30 Workshops
Workshops on the 4 action areas and other themes.
16h00 Plenary Session
- European Platform of the WMW
- Presentation of the International Action in the Congo
19h00 March in the center of Istanbul



Practical information:

Registration: There will be a registration fee of EUR 10 (EUR 5 reduced) for participants (to be paid upon registration at the event).
Languages: There will be simultaneous translation of the plenary sessions (turkish, kurdish, english, french, castillian).
Venue: The gathering is planned to take place in the center of Istanbul, in walking distance of Taksim square. The plenary room should hold up to 600 women.
Accommodation: Participants are responsible for their own accommodation. There are limited places for solidarity accommodation. There is a list of recommended hotels. Spaces for sleeping bags will be available. For information on accommodation, please contact
ytemurturkan@hotmail.com or worldmarch@hotmail.com.
Workshops: NCBs are invited to propose workshops for the afternoon.

More practical information will be sent out at a later time. In the mean time you can contact the following adresses for information:
WMW Turkey, Yildiz Temurturkan: ytemurturkan@hotmail.com, worldmarch@hotmail.com
WMW European secretariat, Michèle Spieler: feminista2@gmail.com

Evento no Facebook

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Coordenadora da MMM Portugal está solidária com a acção Preservativos "ao" Papa em Portugal


A acção decorrerá nos próximos dias, em Lisboa e no Porto. A seguir está a nota de princípios desta acção, onde se explicitam as razões deste movimento, ao qual a Coordenadora da MMM-Portugal aderiu. Mais informação disponível em http://preservativospapa.blogspot.com/.

Preservativos "ao" Papa em Portugal

Em 2008, foi declarado que 35 milhões de pessoas eram seropositivas. Por ano, a SIDA mata 2.5 milhões de pessoas, das quais 350 mil são crianças. Mais de 3/4 dessas mortes ocorrem anualmente no continente africano.

Estudos científicos demonstram que a única forma de combater esta pandemia global é através da prevenção. O preservativo, em 2010, surge como a única pequena arma contra uma doença que continua a ameaçar a população humana.

Em 17 de Março de 2009, o Papa Bento XVI na sua primeira visita ao continente africano afirmou que a "SIDA é uma tragédia a nível mundial e que a Igreja Católica está a fazer de tudo para acompanhar e travar o desenvolvimento da pandemia mas que o USO DE PRESERVATIVOS NÃO ERA PARTE DA SOLUÇÃO PARA PREVENIR A SIDA, dado que os mesmos agravam a situação e contribuem para espalhar a doença e contaminar cada vez mais pessoas."

Perante tão grande desfasamento demonstrado pelo Papa com a realidade e perante tão graves consequências que tais declarações podem trazer na luta contra a SIDA, inúmeras acções de protesto simbólicas surgiram um pouco por todo mundo.

O Papa irá encontrar-se em Portugal no próximo mês de Maio:

11 de Maio - Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
13 de Maio - Santuário de Fátima, Fátima
14 de Maio - Avenida dos Aliados, Porto


Em nome da luta contra a SIDA, em nome dos milhões que morrem anualmente por causa desta doença, em nome das 350 mil crianças, em nome de todos nós, vimos por este meio pedir que TODOS que se solidarizam com esta causa se juntem a nós.

Propomos que nesses dias em que o Papa vai estar em Portugal, conseguir o maior número possível de pessoas nos locais onde o Papa vai realizar as missas e distribuir preservativos e/ou folhetos informativos relativos à prevenção da SIDA pelo maior número de pessoas presentes nesses locais.

Não pretendemos desrespeitar o Papa nem as crenças religiosas de ninguém. Pretendemos sim de uma forma simbólica alertar para um tão grande problema que existe e que a Igreja Católica teima em ignorar.

Sabemos que não podemos mudar o Mundo, mas como alguém um dia o disse "não custa nada tentar". Sabemos que todos juntos poderemos fazer algo mais do que simplesmente nada fazer. Juntem-se a nós em nome desta causa!


Espalhem a notícia.

Não fiquem indiferentes! Juntos poderemos fazer algo!

Reitero que pretendemos fazer algo positivo, criando uma acção de sensibilização e consciência social. Afrontas, desafios e manifestações não fazem parte do nosso objectivo e propósito.

Um profundo agradecimento a todos pelo apoio,

Diogo Caldas Figueira
Joana Vieira da Silva
Rita Barroso Jorge

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Assembleia da MMM | 15 de Maio | Coimbra


BOM DIA a todas/os as/os Marchantes!

A Assembleia da MMM acontecerá finalmente e, tal como o antes veiculado, no dia 15 de Maio, no Centro Norton de Matos, em Coimbra (mais informação sobre o local em http://www.cnm.pt/site/ ).
A Assembleia terá início às 10h30 e fim pelas 17h30 (intervalo para almoço das 13h-14h30) com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Campos de Acção da Marcha: Discussão das propostas concretas portuguesas

Discussão e preparação do resto da programação para a Acção Internacional 2010 (17 de Maio, 24 de Maio, 30 de Junho, 7 a 17 de Outubro, Encontro de Novembro)

Apelamos à vossa presença! Podemos contar convosco? Se sim, por favor confirmem para mmmulherespt@gmail.com. Caso tenham constrangimentos a nível de transportes não hesitem em nos comunicar, pois podemos sempre tentar encontrar uma solução!

Um grande abraço,
A Coordenadora Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres