quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sábado, dia 17, em Lisboa: Encerramento da IV Ação Internacional, com Assembleias sobre guerra, lutas e resistências. Marcha e concerto.

A Caravana Feminista que partiu do Curdistão/Turquia a 8 de Março e percorreu toda a Europa, assim como a IV Ação Internacional da MMM chegará ao fim no próximo sábado, 17 de Outubro, Dia Internacional de Luta contra a Pobreza.

Na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Campus de Campolide), às 10h30, haverá uma assembleia sobre Mulheres e Guerras, na qual participarão várias activistas provenientes de países afectados, actualmente ou recentemente, por algum tipo de acção militar, nomeadamente: Mina Damnjanovic, da Sérvia; Shahd Wadi, Palestina, mas a viver em Portugal; Graça Samo, Moçambique; Yildiz Temurturkan, Turquia; Sultan Safak, Curdistão. Tendo sido rejeitado visto a Abeer Hassaf, da Síria, esta activista participará na Assembleia via skype. 
De tarde, terá lugar a Assembleia final onde serão discutidas estratégia de luta e de resistência contra o sistema que nos oprime. Em debate estarão as raízes de um sistema patriarcal, neocolonial, patriarcal e capitalista e os seus impactos na situação actual das mulheres. Pobreza, violência, imigração forçada e terrorismo são também expressão da violência sofrida pelas mulheres, crianças e comunidades marginalizadas, enquanto expressão de estratégias assentes na militarização, no extremismo e na austeridade, que constituem marcas das políticas dominantes. Em debate estará também a atitude da instituições internacionais, especialmente a União Europeia, pela sua resposta à crise dos e das refugiadas.  

Ao fim da tarde, às 17h, partirá do Campus de Campolide, uma Marcha pelas ruas de Lisboa e à noite, às 21h30, no Largo do Intendente, haverá uma Festa-Concerto Feminista. Lembramos que esta ação final conta com a participação de activistas da Alemanha, Albânia, Argélia, Áustria, Bélgica, Bósnia, Brasil, Canadá, Curdistão, Catalunha, França, Galiza, Grécia, Itália, Moçambique, País Basco, Polónia, Sérvia, Suíça, Tunísia, Turquia, Ucrânia, e de várias outras regiões do Estado espanhol. Estará também presente a Coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres, a moçambicana Graça Samo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Amanhã: Caravana feminista estará na Amadora em solidariedade com mulheres que vivem em bairros auto-construídos

 Santa Filomena, 6 de Maio e Cova da Moura

Amanhã, a Caravana Feminista que partiu do Curdistão/Turquia a 8 de Março e percorreu toda a Europa, vai estar na Amadora para denunciar e marcar solidariedade com as mulheres que vivem em bairros auto-construídos e têm sido alvo de despejos e demolições massivos e autoritários. 

O dia de ação começará às 9h30 no Bairro de Santa Filomena donde sairá uma marcha que passará no 6 de Maio e finalizará na Cova da Moura. Depois do almoço, será o momento de abertura da ação final da IV Ação Internacional da Marcha, com Yıldız Temürtürkan (Curdistão) e Judite Fernandes (Portugal), ambas do Comité Internacional; Clara Carbunar (França), da Caravana Feminista; Isabel Marques e as Mulheres do Batuque, da Associação Moinho da Juventude. Haverá depois a apresentação do Documentário "Mothers' Strike", uma História de luta contra os despejos em Wałbrzych,  Polónia, promovido pelo Feminist Think Tank, Szum TV; a instalação do estendal “Violência sobre as Mulheres - Femicídios em Portugal”; Visitas ao Bairro; uma conversa sobre a luta das Amas; e ainda um debate sobre segregação urbana, racismo e direito à habitação.  

Com este dia de acção pretende-se contribuir para desafiar e questionar os múltiplos processos de segregação, precarização, discriminação, vulnerabilização e expulsão que, de forma tão violenta estão a ocorrer na Amadora. Sabemos que esses processos têm uma marca racista e que se cruzam com a discriminação de género e que apontam, de forma igualmente violenta, para quem está numa situação económica extremamente vulnerável. Lembramos que, ao longo dos últimos anos a Câmara Municipal da Amadora (CMA) tem despejado centenas de pessoas, muitas delas crianças, idosas, com doenças crónicas, que ficaram sem qualquer alternativa habitacional digna e adequada às suas condições de vida. Entre as pessoas desalojadas, há um forte peso de mulheres, que foram afectadas pela onda de despejos de forma particularmente violenta. 

16 de Outubro [Lisboa] –
Em Lisboa, na Fábrica Braço de Prata, o dia será dedicado à realização de oficinas, tertúlias e debates com o mote Corpo, território com múltiplas estratégias feministas. 

17 de Outubro [Lisboa] –
No último dia de manhã haverá uma assembleia sobre Mulheres e Guerras e à tarde terá lugar a assembleia final, ambas no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Depois de uma Marcha pelas ruas de Lisboa haverá uma Festa-Concerto, no Largo do Intendente.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

MMM condena o atentado terrorista contra os movimentos sociais na Turquia

Em defesa da paz, os corpos e os territórios.

As mulheres da Marcha Mundial, reunidas hoje em Vigo no quadro da IV Acção Internacional, assim como as que estamos por todo o mundo, recusamos as agressões e os ataques levados a cabo contra marcha pela paz organizada pelos movimentos sociais, feministas e sindicais – especialmente no âmbito da saúde – em Ancara, Turquia.

Rejeitamos as perseguições que sofrem os movimentos sociais, as minorias étnicas, o povo curso e os movimentos feministas, por parte do Estado Turco.

A Caravana Feminista, como parte da IV Acção Internacional na Europa, iniciou o seu caminho no Curdistão donde constatamos a situação política e a estratégia do estado turco de desestabilizar a região para eliminar as alternativas à política fascistas e neoliberais de Erdogán e do governo turco.

A Marcha Mundial de Mulheres solidariza-se com a luta das mulheres e do povo curdo pela paz e a construção de uma sociedade justa. O ataque sofrido na marcha pela paz é mais um exemplo dos massacres promovidos em defesa do neoliberalismo na Turquia e o resto do mundo.

Nós, as mulheres da Marcha Mundial, condenamos esta agressão que deixa mais de 100 assassinatos assim como todas as que tenham lugar no mundo e continuamos comprometidas em construir uma alternativa de justiça, paz e igualdade para todas e todos.

Em sororidade feminista, seguimos em marcha até que todas sejamos livres!

sábado, 10 de outubro de 2015

4ª Ação Internacional e Caravana Feminista da Marcha Mundial das Mulheres encerram em Portuga

12-17 de Outubro - Porto, Coimbra e Lisboa 



O encerramento da 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres e da Caravana Feminista que partiu do Curdistão a 8 de Março e tem percorrido toda a Europa, vai acontecer em Portugal na próxima semana, entre 12 e 17 de Outubro.

Está confirmada a presença de activistas da Alemanha, Albânia, Argélia, Áustria, Bélgica, Bósnia, Brasil, Canada, Curdistão, Catalunha, França, Galiza, Grécia, Itália, Moçambique, País Basco, Polónia, Servia, Suíça, Togo, Tunísia, Turquia, Ucrânia, e de várias outras regiões do Estado espanhol. Estará também presente a Coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres, a moçambicana Graça Samo. Depois de acção realizada no dia 8, nos Açores, a caravana passará no Porto (12 e 13) e em Coimbra (14). O encerramento da caravana e da 4ª ação internacional terá lugar em Lisboa (15, 16, 17).

Programa resumido

12  e 13 de Outubro [Porto] – O Festival Feminista, que teve início a 1 de Outubro, vai receber Caravana Feminista: Leitura encenada, filme, instalação, marcha exposição, partilha de histórias de vida são algumas das ações previstas. Mais info aqui.

14 de Outubro [Coimbra] – A passagem por Coimbra terá como foco os Feminismos e Universidade: estão previstas tertúlias, workhops (Autodefesa | Teatro d@Oprimida), batucada e ação de rua. Mais info aqui.

15 de Outubro [Amadora | Encerramento] – O dia será dedicado à denuncia e solidariedade com as mulheres que sido alvo de despejos e demolições massivos e autoritários na Amadora. Marcha, momento de abertura da ação final, seguido de debate sobre segregação urbana, racismo  direito à habitação.

16 de Outubro [Lisboa | Encerramento] – Em Lisboa, na Fábrica Braço de Prata, o dia será dedicado à realização de oficinas, tertúlias e debates com o mote Corpo, território com múltiplas estratégias feministas.

17 de Outubro [Lisboa | Encerramento] – O último dia terá início com uma assembleia sobre Mulheres e Guerras e de tarde terá lugar a assembleia final da acção sobre Alternativas e resistências de mulheres - a Caravana Feminista, ambas no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.  Depois de uma Manifestação pelas ruas de Lisboa haverá uma Festa-Concerto no Largo do Intendente.

Em Portugal, a Caravana conta com o apoio dos seguintes colectivos: Marcha Mundial das Mulheres - Portugal, Associação Comunidária, Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, Associação Não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, CIDAC - Centro de Informação para o Desenvolvimento Amilcar Cabral, Colectivo A matilha, GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, Habita - Associação pelo direito à habitação e à cidade, Jornal Mapa, Rede de Mulheres da Pesca dos Açores, República Marias do Loureiro, SOS Racismo, UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, UMAR-Açores, UMAR-Coimbra.