sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mulheres mobilizam-se contra a austeridade

Realizou-se no dia 15 de Julho, no Centro de Cultura e Intervenção Feminista, o encontro preparatório da campanha feminista anti-austeritária. Com esta iniciativa pretendia-se potenciar a campanha sobre o impacto da crise na vida das mulheres lançada pela Marcha Mundial de Mulheres e o protesto feminista anti-austeritário da UMAR e da MMM - Portugal , procurando igualmente reforçar a mobilização de redes e movimentos sociais, não só as feministas mas também activistas de movimentos pelas auditorias cidadãs, sindicais ou outros movimentos sociais – sobre precariedade e desemprego, movimentos ecológicos, de defesa dos serviços públicos, etc.

O segundo encontro está marcado para o dia 7 de Setembro, às 17h30 no CCIF.
Às 10h de dia 15, começamos o dia de trabalhos com dinâmicas de teatro da/o oprimida/o para, entre outras coisas, activar os nossos sentidos, desmecanizar o nosso corpo e conhecer um pouco mais esta metodologia criada por Augusto Boal nos anos de 1960, na qual o teatro como constitui uma ferramenta de trabalho político, social, ético e estético, contribuindo para a transformação social.

Passamos de seguida à apresentação do enquadramento da campanha feminista anti-austeritária e delineamos em conjunto o programa do dia. Depois da apresentação e partilha de algumas preocupações e experiências, passamos para o trabalho em grupos: educação, cidadania e cultura; saúde e direitos sexuais e reprodutivos; soberania económica e trabalho; vida sustentável, habitação, soberania alimentar, transportes e ecologia; violência de género.

Nestes grupos, entre as cerca de 40 pessoas que por eles passaram, foi feita uma reflexão sobre os impactos que a “crise”, e as políticas tomadas em seu nome, têm tido nestas várias áreas, procurando salientar não só os efeitos que têm tido nas vidas das mulheres como identificar exemplos concretos de que como elas nos atingem, e prejudicam, diariamente.

Foram 2 horas de uma partilha intensa e muito frutífera que transpusemos depois para plenário, no qual todas/os pudemos acrescentar outras dimensões. Entre os trabalhos da manhã e da tarde, pudemos almoçar em conjunto, e continuarmos as conversas. No final da tarde, o dia já ia longo e mediante o frutífero debate que tivemos, foi decidido marcar um segundo encontro de modo a concretizar ideias de acção sugeridas ao longo do dia e procurando ter respostas feministas diversas, descentralizadas e fortes perante a dimensão dos ataques austeritários de que temos sido alvo.

Salientar ainda que algumas datas e acções, concertadas a nível europeu, foram definidas como jornadas de luta também em Portugal:

4 de Outubro
Lançamento da campanha  nos vários países
17 de Outubro
 Acção em torno da banca e do sector financeiro
10 de Dezembro
24 horas de acção feminista entre as 12h e as 13h na Europa, incidindo sobre o tema da saúde
8 de Março de 2013
Encerramento da campanha

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