quinta-feira, 2 de setembro de 2010

«O Sahara é como uma enorme prisão»


Informação divulgada pela Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental com base em informação da imprensa espanhola (30-08-2010)
 
@s 14 activistas espanhóis agredidos em El Aaiún chegaram ao porto canário de La Luz, onde eram esperados por um grupo de 50 simpatizantes com panos e cartazes a favor da causa saharaui

O barco em que viajavam os 14 activistas do colectivo pró-saharaui Sáhara Acciones que foram presos e espancados pela polícia marroquina no passado Sábado, chegaram ao porto de Las Palmas da Grande Canária. No porto esperavam-nos um grupo de simpatizantes que empunhavam cartazes onde se apelava à realização de um referendo livre e democrático naquela que foi a última colónia de Espanha em África e que é ocupada há mais de 35 anos por Marrocos. Os testemunhos dos activistas são mais que demolidores: “Não esperávamos medidas tão horríveis”. Afirmou Sara Mesa no momento do desembarque. “O Sahara Ocidental é como uma enorme prisão, onde a gente vive sob um clima de continua repressão”. Segundo o testemunho de Anselmo Fariña “Atacaram-nos sem avisar, em particular com murros directos aos rins e ao rosto. Insultaram-nos e cuspiram-nos sem parar. Alguns companheiros estimam que deveria haver mais de uma centena de polícias à paisana. Vários deles seguiam-nos desde a nossa entrada no território e inclusive no trajecto de regresso”. “Ninguém se preocupava com o que estava a acontecer nos territórios ocupados. Chegavam-nos relatos de que muitas mulheres e crianças saharauis eram espancadas e o resultado era muitos hematomas e muita cara ensanguentada. Queríamos denunciar essa repressão que sofre o povo saharaui e acabámos por o viver nas nossas próprias carnes”, acrescenta Anselmo Fariña, professor na ilha de Tenerife. Membros do grupo anunciaram a intenção de denunciar o tratamento brutal da polícia marroquina nestes incidentes, O grupo de cinquenta militantes que os recebiam e os 14 activistas regressados gritavam bem alto: “Marrocos culpado, Espanha responsável” e “Sahara Livre”.

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