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A eco-activista e feminista Starhawk visita Portugal em Agosto: tem encontros em Lisboa (no dia 7 de Agosto) e na eco-aldeia de Tamera (no Alentejo)
Sessão-encontro com STARHAWK
7 de Agosto, 18.00 - 20.30
no Centro Social do GAIA (na Travessa da Nazaré 21, à Mouraria, Lisboa)
"Because I believe the earth is a living being, because we are all part of that life, because every human being embodies the Goddess, because I have a fierce, passionate love for redwoods and ravens, because clear running water is sacred, I'm an activist. And because the two hundred richest people in the world own as much wealth as the poorest forty percent, because every ecosystem, traditional culture, old growth forest and life support system on the planet is under assault, and because the institutions perpetuating this unjust system are global, I'm kept very busy!”
Starhawk
«Since the anti-WTO protests in Seattle, a dispersed and diverse global movement has better understood itself in the mirror of Starhawk's writings. Her essays consistently, and miraculously, combine how-to practicality with poetry and inspiration. She presents the best face of social justice and dares us to live up to it.»
Naomi Klein, autora do livro No Logo
A escritora norte-americana, eco-feminista, anarquista e activista anti-globalização que se destacou no cerco e boicote à Cimeira da OMC em Seattle há 10 anos atrás, conhecida pelo nome de Starhawk, visita Portugal no mês de Agosto, onde participará na Universidade de Verão da eco-aldeia de Tamera (em Odemira, Alentejo), estando ainda previsto um encontro em Lisboa no próximo dia 7, entre as 18h e as 20h30, no Centro Social do GAIA, à Travessa da Nazaré, na Mouraria, com todas/os as/os interessadas/os em conhecer o seu pensamento, assim como os projectos em que está envolvida e a acção que tem desenvolvido em vários pontos do mundo. O seu último livro, publicado em Junho de 2009, tem sintomaticamente como título The Last Wild Witch, uma vez que a autora é uma das figuras de proa do neo-paganismo contemporâneo que articula espiritualidade, respeito pela terra e um activismo ecológico que passa tanto pelas práticas de permacultura como por acções directas em defesa da natureza-mãe.
Starhawk é, com efeito, reconhecida internacionalmente como uma activista do movimento pacifista (colabora na coligação norte-americana United for Peace and Justice), dos movimentos de mulheres, de defesa do ambiente (é um dos elementos do colectivo responsável pela Earth Activist Training), e da contestação à globalização económica (é autora do texto «How we shut down the WTO» - «Como bloqueamos a cimeira da OMC», em português - e do livro «Percurso de uma altermundialista», em francês). Promove e dirige cursos sobre acção directa e a não-violência, e participa em workshops, conferências e leituras públicas, tanto na América do Norte como na Europa e Médio Oriente.
A cientista belga, Isabelle Stengers, que se tem dedicado a desmistificar e dessacralizar a toda-poderosa ciência moderna, tem divulgado a sua obra e pensamento para o mundo francófono, tendo ambas sido co-autoras de um livro comum com o título «Mulheres, Magia e Política» (Femmes, magie et politique). Por sua vez, Stengers escreveu o livro «A Feitiçaria Capitalista: práticas de desocultamento» (La Sorcellerie Capitaliste: pratiques de desenvoutemente) onde tenta analisar como o capitalismo é um sistema de feitiçaria, e a consequente e imperiosa necessidade de capturarmos e denunciar o seu perigoso feitiço.
Nascida em 1951 no Minnesota, Starhawk reside actualmente em São Francisco, onde ajudou a criar nos anos 70 a comunidade Reclaiming (anteriormente denominada Reclaiming Collective), uma comunidade internacional de mulheres e homens que trabalham para unificar o espiritualismo baseado na natureza e o activismo político, no contexto dos movimentos pacifistas e anti-nucleares, dando pois primazia ao activismo económico, ambiental, político e social. A abordagem espiritual da comunidade Reclaiming baseia-se na força e magia da Deusa que é entendida como a força vital imanente à realidade (daí o seu paganismo), e não como uma divindade transcendental (como postulam as religiões e as doutrinas teológicas). Se bem que muito variada, e não isenta de debates e polémicas internas e externas, as comunidades Reclaiming tem como denominador comum a adoração e defesa activa da Terra, o que explica o apoio que dá às acções directas que indivíduos e comunidades realizam com aquele propósito.
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