sábado, 17 de outubro de 2020
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Fecho da V Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres, sob o lema Resistimos para viver, marchamos para transformar
No próximo sábado, dia 17 de outubro, será o encerramento 5ª ação da Marcha Mundial das Mulheres. Este é um importante momento mobilização e articulação deste movimento internacional com presença mais de 50 países e territórios e que celebra este ano 20 anos de existência.
A pandemia não deteve o nosso movimento, foi justamente o contrário: o nosso lema tornou-se mais concreto nestes tempos. Como movimento de mulheres anticapitalistas e anti racistas, estamos defendendo a vida há 20 anos e, por isso, não paramos de enfrentar a violência machista, racista e colonial e os avanços do conservadorismo. Seguimos lutando até que todas sejamos livres, pelas nossas vidas e por um futuro de igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz em todos os territórios do planeta. Resistimos para viver, marchamos para transformar!
As mobilizações tiveram início a 8 de Março, incluíram ações assinalando o Dia da Terra Palestina – Pela autodeterminação dos Povos (30 de Março); 24 horas de Solidariedade Feminista contra o poder das transnacionais (24 de Abril) e a Jornada Antiimperialista (25-31 de Maio). Para finalizar estava prevista uma atividade internacional na fronteira entre Guatemala, Honduras e El Salvador mas a pandemia da Covid-19 tornou inviável a viagem de ativistas e manifestações envolvendo mulheres de todo o mundo. Assim foi organizado um fecho descentralizado entre 12 e 17 de Outubro em cada dia damos visibilidade às atividades nas cinco regiões em que está organizada a Marcha: África (12), Europa (13), Ásia/Pacífico Sul (14), Médio Oriente/África do Norte (15) e Américas (16).
Resistir para viver, Marchar para transformaMarcha Mundial de Mulheres - Portugal 5ª Ação Internacional - Outubro 2020
O mundo não será o mesmo depois de 2020. As respostas neoliberais e repressivas à crise pandémica ameaçam as nossas vidas e a democracia. Mas perante este cenário organizamo-nos coletivamente para uma resistência global. Queremos alimentar a onda das mobilizações internacionais feministas, ambientalistas, anti-racistas, as lutas laborais e afirmar que estamos fartas deste sistema. É urgente construir e reforçar alianças para criar uma agenda comum para dar resposta à crise social que vivemos. Queremos iniciar uma transformação social global já!
Por uma sociedade onde o cuidado pela vida, pelas pessoas e pelo ambiente seja sempre prioridade.
Resistimos para viver! Marchamos para transformar!
Resistimos aos programas de austeridade que provocam o aumento do desemprego, da desigualdade, da precariedade e da pobreza; legitimando ainda mais a sobrecarga de trabalho pago e não pago feito pelas mulheres. Marchamos contra a mercantilização das nossas vidas e dos nossos corpos!
Resistimos aos ataques ao direito à greve, à degradação das condições laborais e à forte precarização do trabalho das mulheres. Marchamos por condições de trabalho e salários dignos.
Resistimos à sobrecarga dos trabalhos de cuidados que recaem sobre nós, só porque somos mulheres. Marchamos pela igual partilha do trabalho dos cuidados, pela dignificação das cuidadoras informais e pela valorização do trabalhos dos cuidados.
Resistimos aos abusos de poder e à desvalorização da violência que somos alvo. Marchamos para mobilizar a sociedade na denúncia do machismo institucional e da justiça machista!
Resistimos contra a discriminação das nossas múltiplas identidades de género e sexualidades e todas as formas de controlo sobre os nossos corpos. Marchamos pela livre expressão de género, pela diversidade sexual e pela autonomia sobre os nossos corpos!
Resistimos enquanto mulheres e ativistas racializadas para denunciar a mentalidade colonialista e o racismo estrutural da nossa sociedade! Marchamos por uma sociedade ativamente anti-racista e anti-colonial!
Resistimos à xenofobia, à “ilegalização” das nossas vidas, ao confinamento das pessoas refugiadas em campos sobrelotados e sem condições mínimas de dignidade. Marchamos por um mundo sem fronteiras e prisões, nenhum ser humano é ilegal!
Resistimos à expulsão dos centros das cidades, à mercantilização das nossas casas, às ameaças de despejos, à violação constante do direito fundamental à habitação. Marchamos por uma cidade feminista e inclusiva, que não expulsa os seus habitantes e cria espaços públicos e habitação para todas e todos.
Resistimos à degradação dos serviços públicos, à servicialização da economia e aos ataques à nossa soberania alimentar. Marchamos por uma economia feminista que ponha os cuidados pela vida, pelas pessoas e pelo ambiente no centro das decisões políticas!
Associação Portuguesa de Mulheres Juristas
Casa do Brasil de Lisboa
Climáximo
Comunidária
Clube Safo
Feministas em Movimento - FEM
Feminismo sobre Rodas
Habita - Associação pelo Direito à Habitação e à Cidade
HuBB Humans Before Borders
Instituto da Mulher Negra - INMUNE
LGBTI - Leiria
Nucleo Feminista de Évora
UMAR . União de Mulheres Alternativa e Resposta
UMAR-Açores – Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres
Subscrições devem ser enviadas para mmmulherespt@gmail.com
sábado, 10 de outubro de 2020