sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aminetu regressa a casa

A história deste regresso da activista de direitos humanos a sua casa no Sahara Ocidental pode ser acompanhada no jornal Público e no El País, ver aqui.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Aminetu Haidar – V











Em meu nome, Hayat El Kassimi, filha de Aminatu Haidar, de 15 anos de idade, e em nome do meu irmão, Mohamed el Kassimi, de 13 anos, lanço um apelo urgente a todas as crianças do mundo inteiro para que nos apoiem e, ao mesmo tempo, lanço um apelo a todas as mães para que apoiem a nossa mãe, uma mãe separada dos seus dois filhos e que está em greve de fome há 22 dias, para que ela possa regressar para o nosso lado e possamos viver juntos em estabilidade".
É doloroso para mim e para o meu irmão sabermos hoje da má notícia de que a nossa querida mamã decidiu deixar de tomar os seus medicamentos, o que é muito perigoso para ela.
Ajudem a nossa querida mamã, evitem a tragédia que se irá a repercutir de forma negativa na nossa situação física e psíquica.

QUEREMOS O REGRESSO DA NOSSA MAMÃ!

Hayat El Kassimi
Mohamed El Kassimi
07-12-2009




(Da sua casa sequestrada em El Aiun, Sahara ocidental, os filhos de Aminetu Haidar lançam este clamor urgente para que apoiem a sua mãe e esta possa regressar a El Aiun e à casa de família).

A Amnistia Internacional em Espanha denunciou através de um porta-voz autorizado que, além de terem expulsado Aminetu Haidar para Espanha no passado dia 14 de de Novembro, e terem-lhe retirado a documentação necessária para viajar, as autoridades marroquinas passaram a impedir o acesso à sua conta bancária dela e da sua família, após uma ordem das forças de segurança que «ordenaram ao banco que a bloqueie». A Amnistia Internacional em Espanha tem também informações de que «se estariam a limitar a liberdade de movimentos» dos seus filhos e familiares, tendo empreendido uma acção urgente de recolha de assinaturas não só para que Aminetu Haidar possa regressar a El Aiun mas para que sejam respeitados os Direitos Humanos no Sahara Ocidental.

(Fonte: Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental - 08-12-2009)

Aminetu Haidar – IV

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) defendeu já «o direito de regresso ao seu país» da militante saharaui dos direitos humanos, Aminetu Haidar, em greve de fome desde há mais de três semanas em Lanzarote, Espanha.
«Tenho acompanhado a questão e estou particularmente preocupado com o estado de saúde» de Aminetu Haidar, declarou a senhora Navi Pillay, durante uma conferência em Genebra. «Invoco o direito de Aminetu de regressar ao seu país», acrescentou a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos exprimindo o seu desejo de que seja encontrada «uma solução rápida» para este problema.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou também hoje à Espanha e Marrocos para que encontrem «todas as medidas» a fim de «facilitar uma resolução deste problema e pôr fim ao impasse actual».
Segundo o porta-voz do SG das Nações Unidas, Martin Nesirky, a ONU «examina os meios através dos quais a organização poderá ajudar a resolver a situação da Senhora Haidar».
Recorde-se que o Sahara Ocidental é a última colónia de África ainda por descolonizar. É considerado como território não-autónomo pela ONU desde 1966. A última resolução do Conselho de Segurança da ONU (n.º 1871) pede às partes (Marrocos e a Frente Polisario) de «prosseguirem as negociações sob os auspícios do secretário-geral, sem condições prévias e de boa-fé, tendo em conta os esforços realizados desde 2006 e os factos novos surgidos desde então, com vista a encontrar uma solução política justa, duradour e mutuamente aceite que consagre a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental».
Marrocos e a Frente Polisario iniciaram desde Junho de 2007 negociações directas, sob a égide da ONU. Quatro sessões tiveram lugar em Manhasset, nos arredores de Nova Iorque, e uma reunião informal em Viena de Áustria, sem que se tenha conseguido qualquer tipo de avanço real.

(Fonte: Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aminetu Haidar – história de uma prisão (III)

Uma delegação do Conselho Português para a Paz e Cooperação partiu dia 5 de Dezembro para os acampamentos de refugiados Saharauis, em Tinduf, no sul da Argélia, com o objectivo de reunir com o presidente da República Árabe Democrática Saharaui e com outros responsáveis do governo da RASD, para examinar a continuidade dos projectos de cooperação em curso no plano educativo e médico, bem como das Campanhas pela libertação dos presos políticos Saharauis e pelo reconhecimento da RASD, para além de visitar o acampamento de Dajla, onde o CPPC, em cooperação com Autarquias portuguesas, está a construir uma escola básica que apoiará a escolaridade de 630 crianças, e participará, em representação do Conselho Mundial da Paz, no Congresso da UJSário.
Esta deslocação ocorre num momento particularmente dramático da situação do povo Saharaui. Após três décadas de ocupação marroquina, o povo Saharaui prossegue uma justa luta pela liberdade, soberania e independência do seu país.
Hoje, a dignidade e a determinação do povo Saharaui pelo direito de retorno à sua terra, tem mais do que nunca, o rosto e nome de mulher: Aminetu Haidar. Em greve de fome desde o dia 15 de Novembro, Aminetu demonstra desta forma ao ocupante marroquino e a toda a comunidade internacional, que por mais anos que passem, a vontade deste povo não poderá ser domada e que nem o incremento da sistemática violação dos direitos humanos nos territórios ocupados poderá quebrar a sua determinação de lutar pelo direito à liberdade.

Fonte: Conselho Português para a Paz e Cooperação

Aminetu Haidar – história de uma prisão (II)

Quero apenas transmitir uma mensagem clara ao Senhor Moratinos, que eu, Aminetu Haidar, nunca estive sob pressão e nunca o estarei, já que sou sempre independente.
São as minhas convicções e a minha consciência quem me dita o que tenho que fazer, não é a Plataforma de Apoio, nem a Frente Polisario, nem Marrocos, nem os Estados Unidos, nem Moratinos, nem ninguém.
Estou muito consciente do que estou a fazer, ao travar esta batalha. E ponto.
Trata-se de uma manobra da parte do Governo espanhol para dilatar o claro caminho do que é uma violação flagrante dos Direitos Humanos, do Direito Internacional, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e, sobretudo, do artigo 12. Para além de uma violação clara da Lei espanhola.
A Plataforma está aqui apoiando-me, assim como toda a gente a nível de Espanha e internacionalmente, e não para pressionar-me.
O que está a fazer agora o Governo espanhol é, em vez de pressionar Marrocos, pressionar-me a mim. Está pressionando a Plataforma de Apoio e a Frente Polisario, está fazendo chantagem a todo um povo, o Povo Saharaui.

Aminetu Haidar

(Declaração feita por Aminetu Haidar na tarde de dia 30 de Novembro, perante as declarações produzidas pelo Ministro espanhol de Negócios Estrangeiros, Miguel Ángel Moratinos, em que este afirmou que quem assessora Aminetu Haidar está a impedir que ela consiga o seu objectivo de regressar a El Aaiun.)

Fonte: Associação de Amizade Portugal –Sahara Ocidental

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aminetu Haidar – história de uma prisão (I)

Aminetu Haidar (n. 1967 em El Aaiún, Sahara Ocidental), militante dos Direitos Humanos, ex-presa política e ‘desaparecida’, uma das mais importantes personalidades da resistência civil pacífica saharaui, foi presa no início da tarde de dia 13 de Novembro, Aeroporto de El Aaiun, capital do Sahara Ocidental ocupado, quando descia do avião oriundo proveniente das Canárias.
Segundo os seus familiares, que foram impedidos de entrar na aerogare, vários cordões de polícia e outras forças de segurança marroquinas cercaram o aeroporto antes da chegada do avião, enquanto agentes de segurança aguardavam junto à passarela da aeronave. Segundo testemunhos oculares, Aminetu Haidar foi detida e introduzida num furgão de cor verde rumo a destino desconhecido.
Presidente do Colectivo Saharaui de Defesa dos Direitos Humanos, já muitas vezes apelidada da “Gandhi saharaui” devido à sua militância de pacífica resistência à ocupação marroquina, Aminetu Haidar é uma das mais eminentes personalidades da resistência civil saharaui, reconhecida nacional e internacionalmente pela sua corajosa campanha em defesa da liberdade para o seu povo e a autodeterminação do seu país ocupado por Marrocos, contra os desaparecimentos forçados e abusos cometidos sobre os presos de opinião.
A ex-presa política saharaui, provinha de Nova Iorque, onde recebeu o «Prémio da Coragem Civil 2009» da John Train Fondation, pela resistência pacífica no Sahara Ocidental, no que a tornou a primeira mulher árabe a receber tal distinção.
A prisão de Aminetu Haidar surge na sequência da detenção, no passado dia 8 de Outubro, de sete activistas de direitos humanos saharauis detidos pela polícia marroquina, em Casablanca, quando regressavam de uma visita aos acampamentos de refugiados saharauis em Tinduf (Argélia), sob a acusação de traição à pátria e de atentado contra a soberania e integridade territorial de Marrocos. Os sete detidos enfrentam um Julgamento em Tribunal Militar, que poderá aplicar-lhes a pena capital.
Esta vaga de prisões inscreve-se numa longa lista de violações dos direitos humanos perpetradas pelo Reino de Marrocos contra a população Saharaui que vive sob ocupação há mais de 35 anos e surge poucos dias após o discurso proferido pelo Rei Mohamed VI no aniversário da «Marcha Verde», ameaçador contra todos aqueles que ousem por em causa a ocupação ilegal do território da antiga colónia espanhol do Magrebe.
Em 1987, com 21 anos de idade, Aminetu Haidar estava entre os/as 700 manifestantes detidos/as por participar numa manifestação pacífica em que se reclamava o referendo de autodeterminação. A activista foi dada como “desaparecida”, não tendo sido apresentada a tribunal nem confirmada como presa, permanecendo durante quatro anos em centros secretos de detenção onde, juntamente com outras 17 mulheres saharauis, foi sujeita a diversas formas de tortura. Após ter sido libertada, em 2005, a policía marroquina deteve-a e espancou-a após a sua participação numa manifestação pacífica. Foi libertada sete meses depois, graças à pressão internacional de organizações como a Amnistia Internacional e o Parlamento Europeu.
Desde então, Aminetu Haidar tem percorrido o mundo denunciando a ocupação militar marroquina e defendo o direito do seu povo à autodeterminação.
Aminetu é mãe de dois filhos e tem um bacharelato em literatura moderna. Foi galardoada com o Prémio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy 2008, o 2007 Silver Rose Award (Áustria), e o Prémio de Direitos Humanos 2006 Juan María Bandrés (Espanha). Foi nomeada pelo Parlamento Europeu para o Prémio de Direitos Humanos Andrei Sakarov. A Amnistia Internacional (EUA) apresentou a sua candidatura ao Prémio Fondo Ginetta Sagan, tendo sido igualmente nomeada para o Prémio Nobel da Paz.

(Fonte: Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Solidariedade com activistas turcas












Fotos da concentração em frente à Embaixada da Turquia, a 18 de Novembro último, em que esteve representada a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres e outras organizações.